O Piauí acumula uma dívida de R$ 491,4 milhões com a União devido a valores excedentes recebidos no acordo de compensação pelas perdas do ICMS sobre combustíveis. O estado está entre os cinco maiores devedores, ao lado de São Paulo (R$ 5,7 bilhões), Maranhão (R$ 708,9 milhões), Pernambuco (R$ 321,4 milhões) e Alagoas (R$ 295,3 milhões), conforme levantamento da Folha de S. Paulo.
O débito surge no momento em que os estados negociam um alívio financeiro por meio do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que prevê a renegociação com redução de juros. Na tramitação da lei, os governadores tentaram incluir uma cláusula que dispensaria a devolução do dinheiro, desde que os valores fossem aplicados em infraestrutura logística, utilizando recursos de bancos públicos federais.
No entanto, o artigo foi vetado pelo presidente Lula a pedido do Ministério da Fazenda e da Advocacia-Geral da União (AGU), sob a justificativa de que a medida não fazia parte do acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e violaria o pacto federativo.